People fly despite knowing that a certain percentage of airplanes crash every year. They “know”that fact yet find ways to qualify, and therefore soften, the knowledge. The most common qualification is the fact that it is statistically more dangerous to travel in a car than in an airplane. In absolute numbers, there are more than five million car accidents compared to twenty aeronautic accidents per year, so, in fact, flying is safer.

Quantas vezes entraste num avião e pensaste, ainda que por breves segundos, na possibilidade de que aquele fosse o teu último voo? O primeiro livro publicado de Ann Napolitano parte deste pressuposto. Um voo, aparentemente normal, de Nova Iorque para Los Angels, com 183 passageiros, 183 histórias diferentes que se cruzam num acidente fatal de onde apenas uma pessoa sobrevive, Edward.

No início do ano li Hello Beautiful, da mesma autora, e fiquei completamente rendida à história. Não fazia ideia que a Ann Napolitano já tinha lançado um livro antes, Dear Edward, que só agora foi traduzido para português. Depois de ler e ouvir várias reviews positivas  sobre o livro decidi incluir o mesmo na minha TBR de agosto e ainda bem.

Como disse no primeiro parágrafo, Dear Edward conta a história de uma criança de 12 anos que sobreviveu à queda de um avião em que seguia com a família. Edward foi o único sobrevivente de um acidente que chocou o mundo e terá que viver com o facto de que os seus pais e irmão desapareceram para sempre. 

Os capítulos vão alternando entre o presente de Edward e o que aconteceu no dia em que o avião caiu. O que achei mesmo muito interessante porque, apesar de a história se focar na vida do Edward após o acidente, a autora vai nos dando a conhecer, aos poucos, a história dos restantes passageiros do avião.

Existe um contraste entre o Hello Beautiful e o Dear Edward, principalmente entre os dois personagens principais, William e Edward. Se por um lado William vivia uma depressão e uma solidão interior, mesmo tendo o apoio total das irmãs Padovano, Edward vê se no mundo sozinho, sem a sua família mais próxima e, apesar de todo o amor e carinho que os seus tios têm para lhe dar, existe uma perda que nunca mais poderá ser preenchida.

Eu gostei mesmo muito de ler este livro, mesmo não sendo um bom livro para se ler nas férias, principalmente se forem apanhar um avião. É uma história triste, mas que ao mesmo tempo nos leva à descoberta da vida após a morte e em como o luto nos marca para sempre. Se gostam deste tipo de histórias recomendo mesmo que leiam este livro da Ann Napolitano.

Estou ansiosa por saber a vossa opinião sobre este romance!

 A minha avaliação: 5