Review: Os livros que devoraram o meu pai, Afonso Cruz
A D O R Á V E L
Vou guardar este livro no meu coração para o resto da vida!
Fiquei completamente rendida ao Os livros que devoraram o meu pai, do Afonso Cruz. Estava com as expectativas muito elevadas em relação a este livro, depois das maravilhas que já tinha ouvido sobre ele e não desiludiu nem um pouco. É um daqueles livros que vou guardar com muito carinho para ler um dia aos meus filhos (ou animais de estimação).
A vida muitas vezes não tem consideração nenhuma por aquilo de que gostamos.
Elias Bonfim é o filho de Vivaldo Bonfim, um escriturário entediado que ama a literatura ao ponto de se perder pelas leituras e desaparecer deste mundo. No seu 12º aniversário, Elias recebe a chave para a livraria do seu pai, onde descobre os mais belos clássicos da literatura. Tal como Vivaldo, Elias perde-se nas histórias que lê, entrando nas narrativas e convivendo de perto com personagens como Mr. Prendick ou Raskolnikov. É através destas personagens que a nossa personagem principal se vai lançar numa aventura à procura do seu pai, mas será que o encontra?
Porque nós somos feitos de histórias, não é de a-dê-ênes e de códigos genéticos, nem de carne e músculos e pele e cérebros. (...) O meu pai, tenho a certeza, perdeu-se nesse mundo e agora ninguém lhe consegue interromper a leitura.
Esta é uma história encantadora para quem adora livros e posso dizer que graças a ela já acrescentei mais uns quantos livros à minha lista de leituras. Nunca poderei recomendar o suficiente este livro, posso apenas dizer que passou diretamente para a lista dos meus favoritos.
Para uns, a raíz é a parte invisível que permite à árvore crescer. Para mim, a raíz é a parte invisível que a impede de voar como os pássaros. Na verdade, uma árvore é um pássaro falhado.
A minha avaliação: 5