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Paula Mendes

Mais um blog sobre livros

Paula Mendes

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Review: Vemo-nos em Agosto, Gabriel García Márquez

Quem é que não gostava de ter a oportunidade de ler, nem que fosse só mais um livro do seu autor favorito?

 

Bege e Cinza Minimalista Citação Post para Insta

 

Sou uma fã incondicional da escrita do escritor colombiano, carinhosamente conhecido por Gabo, mantenho bem juntinho ao meu coração o livro Amor em Tempos de Cólera que se tornou um dos meus favoritos de todos os tempos. 

 

Quando vi que tinha sido traduzido para português, o último livro escrito pelo autor, já num estado de pré-demência fiquei intrigada. Pelo que li, o livro foi terminado pelo autor antes de ser consumido pelo esquecimento, no entanto este não autorizou a sua publicação. Após a sua morte, os seus filhos tomaram a decisão de, à revelia do desejo do pai, lançar o livro e dar uma prenda aos leitores.

 

Em Vemo-nos em Agosto, Gabu explora o amor de uma mulher madura. Ana Magdalena, é uma mulher nos seus quarentas, com um casamento feliz, filhos que ama e uma carreira confortável. Todos os anos, no mês de agosto, Ana Magdalena viaja até à ilha onde a mãe está enterrada para visitar a sua campa e deixar um ramo de gladiolos. Numa das suas visitas, algo inesperado acontece e a personagem conhece um homem com quem se envolve numa noite de paixão avassaladora. Na manhã seguinte Ana encontra uma nota de 20 deixada por este homem mistério. 

 

Depois desta aventura, a sua visita anual à ilha passa a ser um escape da sua vida, marcada pela rotina e querelas familiares. Nestas visitas, vai conhecendo outros homens, tendo relações fortuitas que não duram mais do que umas horas e que se desvanecem na manhã seguinte como se não tivesse passado de um sonho.

 

Ana terá que viver com esta dualidade, se por um lado sente culpa por estar a enganar o marido, por outro já não consegue viver sem este momento de adrenalina anual. Um momento só seu, em que se sente mulher.

 

Vemo-nos em Agosto é um livro pequeno, que se lê de uma assentada só. Apesar de não ser tão bom como os restantes livros do autor, conseguimos sentir a sua presença, mesmo que ténue, e matar as saudades deste génio da literatura.



A minha avaliação: 4