Review: Vida e morte nas cidades germinadas, Sérgio Godinho
Era uma mulher e um homem, um homem e uma mulher, e vice-versa.
Assim começa o mais recente livro de Sérgio Godinho.
Tenho que admitir que sou uma grande fã deste artista e quando descobri que tinha lançado um novo livro fui a correr garantir a minha cópia.
Em geral gostei muito de conhecer a história de amores e desamores de Amália e Cédric. Ela uma vimaranense com pelo na benta, ele um francês, de Compiègne. Ela uma cuidadora dos vivos, ele a ultima morada dos mortos (quando lerem vão perceber 🤭).
Mas deixemos-nos de enigmas, a história deste casal começa em Guimarães, quando Amália com apenas 14 anos emigra, juntamente com a sua família para uma cidade no nordeste de França, Compiègne. Amália é uma jovenm desenrascada com gosto pelo desconhecidos e para ela a vida num novo país corre com normalidade. Entre os seus concertos de fado na casa portuguesa conhece Cédric um jovem francês, que lhe desperta a atenção.
Os dois vivem uma história de amor ardente, marcada por separações, unida por um amor quase platónico. Mas será que o casal conseguirá ultrapassar a distância e não padecer do mal de todos os apaixonados que se amam a milhares de quilómetros de distância?
Na definição dos entendidos, o amor deles era uma meladice pegada. Mas quando se está longe tem de se estar grudado por alguma coisa. É nesses casos que o amor se cola ao próprio amor e não despega.
Esta é uma leitura leve e rápida que recomendo vivamente e, certamente, deixou-me curiosa para ler mais obras deste autor como "Coração mais que perfeito" e "Estocolomo".
A minha avaliação: 3.8